domingo, 22 de maio de 2011

Sabe eu sou de observar , tudo em minha volta, mas as vezes deixo escapar detalhes muito importantes e que fariam muita falta se eu os visse, e me lembrasse depois enfim… Um dia desses eu fui criança, como qualquer outra não ligava para as preocupações da vida, e não entendia o verdadeiro sentido da vida, assim fui crescendo, e em mente achando que “possuir” era o bem maior do ser humano, mas não, o bem maior é o que se é mais difícil possuir interiormente.Tem poucos meses que visitei uma casa de repouso para idosos (azilo), gosto de conversar com eles, saber das histórias, dos sofrimentos, das dores que eles carregam ali dentro, o que mas me dói é quando escorrem lágrimas dos olhos deles, eu não consigo me conter, me derramo no choro, e meu coração fica apertado, e eu simplesmente quero cuidar de todos, mas nada posso fazer. É ruim saber, que famílias deixam seus entes queridos assim, para trás, como se fossem objetos, e aos nossos olhos é como se não fizesse falta alguma, pelo contrário, atrapalhassem de mais para está em seus lares de origem, isso machuca, eu fico imaginando, mães e pais estão ali, batalharam para criar seus filhos, e o que eles fizeram? Largaram eles ali sem dó. nem piedade e nem olho-para-trás. Perguntei para um senhor, triste, o mais triste de todos, perguntei o que ele mais queria na vida, ele me respondeu em poucas palavras “reencontrar minha família”, parei, pensei, refleti… Que por mais que os filhos, netos, irmãos, tenham o feito sofrer, ele os quer por perto, sim ele os quer. Fiz outra pergunta, se ele tinha fé, ele me respondeu com convicção, “eu terei fé até o último dia de vida”, foi aí que percebi, não importa o quanto estejamos em situações ruins, nunca devemos perder a fé, não deixe apagar jamais, a chama da esperança que hábia seu coração.
Também alguns meses atrás, visitei um setor carente aqui da cidade, crianças, humildes, de olhos arregalados em tudo que eu fizesse, levei roupas e comida, era tudo que eu podia fazer. Então uma garotinha de uns 9 ou 10 anos, me perguntou, como era ter uma sandália maneira e um tennis bonito para calçar, juro, meus olhos se encheram de lágrimas, e eu não sabia onde enfiar a vergonha. Me virei para ela, tirei meu tennis, e dei o tennis, minhas únicas palavras foram “NENHUM BEM MATÉRIAL DEFINE O SEU “EU”, QUEM VOCÊ REALMENTE É, NÃO DEIXE O MUNDO FAZER COM QUE VOCÊ PENSE, TUDO ERRADO, JAMAIS!”, abracei ela com muita força, e me despedi. Isso me ensinou bastante… Semanas atrás, minha irmã de 6 anos adoeçeu, e minha mãe por ser bastante ocupada e ter muitos afazeres, tive que ficar com ela no hospital por algumas horas, por ser ainda de menor, enfim… Em 4 horas eu tive uma grande lição de vida. Olhei para o lado e vi um garotinho, me lembro o nome dele, Diego, ele tinha 6 anos, mas aparentava ter 3, sempre sorrindo, sem mais nem menos ele me estendeu a mão, e foi até o fim da cama, com dificuldade, pra me cumprimentar, estendi minha mão, apertei sua mão e fiquei olhando, observando sua mãe, ele sempre feliz, ele com paralisia cerebral e ali todo alegre, sendo “educado, gentil e otimista”. Percebi que ali eu tomaria mais do que uma lição eu tomaria várias lições, duas delas é: sua mãe está ali forte, e como muitas mães poderiam ter feito, abandonaria ele logo quando nasceu, mas não, ela é MÃE DE VERDADE, enquanto muitas mães desistem de seus filhos saúdaveis, ela não desistiu. A outra lição é, “MESMO QUE VOCÊ ESTEJA COM UM PROBLEMA MUITO GRANDE NAS COSTAS, NÃO CULPE AS PESSOAS EM SUA VOLTA, SEJA HUMILDE E ACEITA O QUE TINHA QUE SER, SE ACONTECEU TEM UM PORQUE. NÃO SE ENTRISTEÇA PORQUE A SITUAÇÃO NÃO FAVORECE, SEJA OTIMISTA, E SIGA EM FRENTE, A VIDA SÓ PARA QUANDO VOCÊ PARAR”.


                                                                           (Três lições de vida, fatos reais)

Nenhum comentário:

Postar um comentário